Nove ideias para melhores assembleias de membros

Muitos de nós têm horror a histórias de assembleias de membros que deram terrivelmente errado. Mas elas sempre têm que terminar em amargura e briga? Penso que não. Eis nove sugestões para ajudar a colocar assembleias de membros no caminho certo.

1. Pare de chamá-las de “Business Meetings” (Assembleias de Negócios)

Em primeiro lugar, pare de chamá-las de “business meetings”, o que evoca imagens de líderes corporativos buscando ganho pessoal. Ao invés disso, chame de assembleias de “membros”, ou “assembleias” familiares, ou outra coisa que sugira que viemos servir a agenda de Cristo, não a nossa própria.

2. Lembre-se que a assembleia de membros é para membros

Segundo, lembre-se que uma assembleia de membros é para membros. Uma assembleia de membros não é uma reunião pública, então, gentilmente, peça licença a quaisquer visitantes no início da assembleia, se certificando de que eles saibam que eles são mais do que bem-vindos para quaisquer dos seus cultos semanais. Os visitantes não têm mais direito de participar das assembleias de membros da sua igreja do que cidadãos de um país têm o direito de votar nas eleições do outro.

3. Tenha seu rol de membros o mais precisos possível

Terceiro, tenha róis de membros mais precisos possível. Tentar conduzir uma assembleia de membros saudável sem um rol de membros saudável é como convidar uma raposa para um galinheiro.

4. Ore!

Quarto, ore! Precisamos da sabedoria que só Deus pode conceder (Tg 1.5-6). Precisamos confiar nas únicas armas que têm poder divino para demolir as fortalezas do diabo (2Co 10.4). Então comece orando para que o Espírito de Deus, não a falível habilidade do homem decaído, guie a sua assembleia.

5. Recitem juntos o pacto da sua igreja

Quinto, recitem juntos o pacto da sua igreja. De vez em quando, precisamos apertar o botão “reset”. Isso é parte do que faz um pacto de igreja. Ele nos retira do mundo dominado pelo “eu” em que vivemos e ajuda a nos reorientar através de verdades bíblicas básicas.

Um pacto de igreja é para a membresia o que os votos são para o casamento: eles ajudam a definir como viveremos juntos. Tais votos e promessas não resolvem divisões magicamente. Mas podem ajudar a, humildemente, trabalhar em cima das divisões conforme vocês se lembram que prometeram “trabalhar e orar pela unidade do Espírito no vínculo da paz”, conforme vocês exercitam um “cuidado afetuoso e vigilância pela segurança do outro”.

6. Cuide primeiro do que é mais importante

Sexto, cuide primeiro do que é mais importante. O que pode ser? Definir quem a igreja é.

Praticamente, é quem é recebido à membresia e quem é excluído dela. Isso ajuda a ensinar que quem nós somos é fundamentalmente mais importante do que os detalhes de se, por exemplo, continuamos ou não a ter um jantar nas noites de quarta-feira.

7. De vez em quando, lembre as pessoas o que é o congregacionalismo e o que ele não é

Sétimo, de vez em quando, lembre as pessoas o que é o congregacionalismo e o que ele não é. Alguns têm a equívoca noção de que congregacionalismo é o mesmo que a democracia em que vivemos, ou é produto dela. Nada disso é verdade.

Sim, Jesus deu as chaves do reino à congregação (Mt 16.19) quando se trata de membresia (2Co 2.6), disciplina (Mt 18.17; 1Co 5.1-13) e doutrina (Gl 1.6-9; 2Tm 4.3). E sim, cada membro tem direito a voto. Mas isso não significa que haja algo piedoso no debate pelo debate, ou que é direito de cada membro ter sua voz ouvida, ou que os presbíteros e diáconos servem como uma legislatura bicameral. Presbíteros ainda são chamados a governar (1Tm 5.17), e membros ainda são chamados a se submeter e obedecer para seu próprio proveito (Hb 13.17).

Fazer o papel de advogado do diabo ou simbolizar a opinião contrária é uma marca de imaturidade, não uma divisa de honra. Fazemos bem em lembrar os nossos membros que quando Paulo exorta Timóteo a fugir das paixões da mocidade (2Tm 2.22), ele não está pensando primariamente no pecado sexual, mas em ser dado a brigas e discussões.

8. Seja pronto a informar e não fique na defensiva

Oito, seja pronto a informar e não fique na defensiva. Muitos são ensinados a não confiar na autoridade e que o poder corrompe. Assim, onde falta informação, ceticismo e cinismo crescem violentamente. Embora esse não seja um instinto piedoso, é sábio reconhecer que ele existe e lembrar que a congregação raramente tem parte em todas as informações que você tem. Portanto, tome a iniciativa, informando regularmente a congregação do que você está deliberando e pensando.

9. Saiba que você comete erros

Por último, saiba que você comete erros. No fim das contas, conduzir assembleias de membros saudáveis é mais arte do que ciência. Você cometerá erros. Isso é inevitável.

Assim, se desculpe quando necessário e faça restituição onde puder. Não fique muito desencorajado, pois embora você possa sentir que falhou, Cristo prometeu que a igreja nunca falhará (Mt 16.18). Portanto, aprenda o que puder dos seus erros e continue a servir com coração sincero, como para o Senhor, e não para homens (Ef 6.7).